segunda-feira, 16 de abril de 2012

A gênese do processo

Uma série de posts especiais para falar sobre criação ;)

Volta e meia a gente escuta alguém dizer: “a, eu não sou criativo... não adianta!” Mas será mesmo que dá para aceitar essa afirmação assim, tão fácil? Muita gente ainda acredita naquela história de insights milagrosos que funcionam para artistas, artesãos, publicitários. Por isso, a gente preparou uma série de posts especiais para provar a máxima: ideia é 99% de transpiração e 1% de inspiração. Mas afinal... de onde vem as suas ideias?

Para começar, trazemos depoimentos e histórias bacanas de artistas espalhados pelo país. Conhecendo a história dos outros, entendendo seu processo de criação, a gente se enxerga, vê que é possível e, enfim, entende que o mais importante é buscar conhecimento para poder criar associações e, então, tornar real algo inédito. A gente não acredita nessa ideia de criação a partir do “nada”. Insights são muito raros. E é perigoso demais depender deles.

Vale, então, mergulhar numa análise poiética. Sabe o que é isso? Para entendermos o real valor e a real mensagem de uma peça, é preciso atingir o imaginário de seu criador, tentando perceber o contexto em que ele vive/viveu, seus desejos e aspirações. Seria como ficar imaginando o que ele pensava, o que sentia e o que teria o motivado a criar. É entrar na pele dele.



Para ilustrar esses meandros da criação, trazemos pequenos documentários e trechos de entrevistas. O primeiro tem como personagem o artista Hélio Leites. Ao falar um pouco sobre seus trabalhos, seu universo criativo e lúdico, a frase marcante é bem simples: “Eu não penso, eu imagino e faço”.

Hélio Leites from Cesar Nery on Vimeo.


Em contraponto, trazemos a fala de Beatriz Milhazes, famosa por suas telas lindíssimas com mandalas coloridas. Beatriz já explicou que seu trabalho é profundamente calculado. Precisão geométrica, planejamento de cores, disciplina no ato criador. Cada um tem seu caminho, né?


Um outro vídeo incrível, que circula pela internet há algum tempo, é o que mostra o trabalho da estilista gaúcha Helen Rodel. O documentário traz um olhar detalhado e cauteloso sobre cada etapa de seu trabalho. Especializada em tricô e crochê, Helen tem um jeitinho retrô que se encaixou bem nos takes, nas imagens, nos depoimentos. O vídeo é verdadeira metáfora para o andamento da vida e o desdobramento do tempo. 

Helen Rödel - Documentário Estudos MMXI (english subtitles) from Helen Rödel on Vimeo.


Por último, destacamos um documentário mais longo e MUITO bacana! Buscando entender o surgimento da ideia e o processo de criação de diversos artistas, traz depoimentos muito contundentes. Analisando os pontos de tangência entre arte e publicidade, é possível perceber que são áreas falsamente parecidas. Parecem ter muita coisa em comum, mas as motivações são muito diferentes. O vídeo cita propagandas históricas, revolucionárias, extremamente criativas. Cita obras de arte, artistas célebres. Corrobora com o que a gente vai mostrar aqui nesses próximos dias. “As coisas interessantes funcionam muito pela diferença das outras coisas e pela surpresa. Quando você encontra uma coisa interessante, é uma coisa que te surpreende e que te coloca numa situação em que aquilo que você já conhece não funciona tanto”. Bacana deslocar do óbvio, né? ;)



A dica é estar sempre atento, buscando ideias no ar, fazendo perguntas, descobrindo novas respostas. Anote suas ideias (até as não tão boas), para que elas não fujam e possibilitem conexões futuras (sabe quanto tempo a gente demorou pra organizar esses posts dessa semana? Mais de seis meses. Seis meses anotando boas ideias!)

E então, ao longo desses dias, vamos discutindo tudo isso por aqui e mostrando também de onde vem as nossas ideias ;)

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